ATA DA TRIGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 28.04.1989.

 


Aos vinte e oito dias do mês de abril do ano de mil novecentos e oitenta e nove reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Trigésima Sessão Ordinária da Primeira Sessão Legislativa Ordinária da Décima Legislatura. Às nove horas e quarenta e cinco minutos foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adroaldo Correa, Airto Ferronato, Cyro Martini, Décio Schauren, Edi Morelli, Elói Guimarães, Ervino Besson, Flávio Koutzii, Heriberto Back, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, José Valdir, Lauro Hagemann, Leão de Medeiros, Letícia Arruda, Luiz Braz, Luiz Machado, Mano José, Omar Ferri, Valdir Fraga e Vieira da Cunha. Constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e solicitou ao Ver. Leão de Medeiros que procedesse à leitura de trecho da Bíblia. Após, o Sr. Secretário procedeu à leitura das Atas da Vigésima Nona Sessão Ordinária e Oitava Sessão Solene que, juntamente com a Ata da Vigésima Oitava Sessão Ordinária, foram aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pelo Ver. Airto Ferronato, 01 Pedido de Providências; pelo Ver. Cyro Martini, 02 Indicações; 04 Pedidos de Providências; pelo Ver. Ervino Besson, 01 Pedido de Providências; 01 Projeto de Lei do Legislativo nº 34/89 (proc. nº 1149/89); pelo Ver. Leão de Medeiros, 01 Pedido de Providências; pela Verª Letícia Arruda, 01 Indicação; 04 Pedidos de Providências; pelo Ver. Luiz Machado, 01 Projeto de Resolução nº 03/89 (proc. nº 1077/89); 04 Pedidos de Providências; pelo Ver. Vicente Dutra, 02 Pedidos de Providências. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs 020/89, do Clube Farrapos, dos Oficiais da Brigada Militar; 66/89, da Câmara Municipal de Gravatá-PB; 01/89, da Câmara Municipal de Vereadores de Poço das Antas-RS. A seguir, constatada a existência de “quorum”, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação Secreta, foi rejeitado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº nº 17/88, mantendo-se o Veto Parcial a ele aposto, por seis votos SIM contra dezenove votos NÃO, tendo sido escrutinadores os Vereadores Wilson Santos e Edi Morelli. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 149/89. Após, foram aprovados os seguintes Requerimentos: do Ver. Isaac Ainhorn, de Voto de Congratulações com a Direção e funcionários do Jornal Zero Hora, pela passagem de seu Vigésimo Quinto aniversário de fundação; do Ver. Jaques Machado, de Voto de Congratulações com o Clube de Mães São Miguel, pela passagem do seu Vigésimo Primeiro aniversário; do Ver. João Motta, solicitando que o Projeto de Lei do Executivo nº 149/88 (proc. nº 2635/88) seja dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data; do Ver. Luiz Machado, de Voto de Congratulações com os cem anos de Charlie Chaplin, pela data comemorativa do nascimento desse imortal personagem; da Verª. Letícia Arruda, de Voto de Congratulações com o CTG 35, pela passagem do seu Quadragésimo Primeiro aniversário; de Voto de Pesar pelo falecimento de Manoel Ernani Jobim Macedo; do Ver. Vicente Dutra, de Votos de Congratulações com o Conselho Estadual de Desenvolvimento Cultural, pela realização do seu Primeiro Congresso Estadual de Cultura; com o Rotary Club Porto Alegre-Alto Petrópolis, em virtude de seus Vinte anos de fundação; com o Professor Rubem Rodrigues, Presidente da Fundação Universitária de Cardiologia e da Comissão Organizadora de Eventos, pela realização do VIII Simpósio Nacional de Ergometria e Reabilitação; de Voto de Pesar pelo falecimento da Srª Profª Ruth Margarite Bohl; solicitando seja destinada a Sessão Solene do dia 28 de setembro próximo para homenagear o idoso, no seu dia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Ver. Artur Zanella lamentou a paralisação das obras do Ginásio Municipal de Porto Alegre, especialmente porque a cidade se ressente dessa falta. Lembrou que o Bairro da Restinga possui dois ginásios de esportes. Contraditou declarações, oriundas da Administração do Executivo Municipal, de que a Prefeitura não possui recursos financeiros para concluir aquela obra, afirmando que para o término do Ginásio são necessários apenas trezentos e setenta milhões de cruzados. Referiu-se, ainda, à homenagem ao Dia do Trabalhador, que se realizará hoje nesta Casa; protestou contra medidas de arrocho salarial impostas ao funcionalismo público municipal. Solidarizou-se com a classe trabalhadora e criticou ingresso do Executivo na justiça contra gratificação, aprovada por esta Casa, aos técnicos-científicos. O Ver. Airto Ferronato comentou notícia publicada pelo jornal Zero Hora, de hoje, em que diversos Edis desta Casa manifestam-se a respeito de Projeto de Lei de autoria de S. Exª, que autoriza a construção de um ponto fixo para a comercialização e divulgação dos produtos primários produzidos no cinturão verde do Município. Rechaçando aquelas manifestações, afirmou ser o projeto benéfico para a cidade e que sua intenção é de contribuir com Porto Alegre e sua população. O Ver. Isaac Ainhorn, referindo-se à comercialização dos vales-transporte, relatou sua visita ao antigo prédio da CEPAL, na Rua Desembargador André da Rocha, onde estariam, segundo placas distribuídas na cidade, sendo comercializados esses vales. Apelou à Liderança do PT na Casa, para que agilize, junto à SMT, a retirada dessas placas, asseverando que tais placas estão mal informando a população da cidade. Salientou, ainda, ser favorável à comercialização dos referidos vales pela Prefeitura, através de regulamentação em Lei, mas não de maneira como foi retirada da responsabilidade da ATP. O Ver. João Dib, saudou a presença do Sr. Tarso Genro, Vice-Prefeito de Porto Alegre, em plenário. Reportou-se ao pronunciamento do Ver. Airto Ferronato, e comentou as dificuldades que se tem ao pesquisar a Legislação Municipal. Sugeriu a formação de uma Comissão que revise essa Legislação, no sentido de facilitar o acesso e racionalizar as consultas. Asseverou, ainda, que o País possui farta legislação, faltando no entanto, o seu cumprimento. E o Ver. José Valdir combateu afirmativas do Ver. Vieira da Cunha, feitas em outra data, acerca da contratação de professores pela Prefeitura e a falta de isonomia salarial nessas contratações. Afirmou ser prática da Administração do Governo do Sr. Alceu Collares remunerar esses professores de acordo com o Padrão Um. Esclareceu que no Governo atual houve uma revisão e que os professores recebem o salário de acordo com sua habilitação profissional. Durante os trabalhos, o Sr. Presidente respondeu às seguintes Questões de Ordem: do Ver. Isaac Ainhorn, acerca do nº de solicitações para realização de Sessões Solenes, Especiais e homenagens, e da observação do Regimento Interno na solicitação das datas; e do Ver. Luiz Braz, acerca de leitura de parte vetada quando da Votação de Projeto de Lei na Ordem do Dia. Ainda estiveram presentes à Sessão os seguintes Vereadores: Artur Zanella, Dilamar Machado, Giovani Gregol, Gert Schinke e Jaques Machado. No período de PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em Primeira Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 32/89; o Projeto de Resolução nº 05/89; em Terceira Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 03/89; em Quarta Sessão, o Projeto de Resolução nº 02/89. Às dez horas e quarenta e cinco minutos, o Sr. Presidente suspendeu os trabalhos, tendo em vista a realização, a seguir, da Sessão Solene em comemoração ao Dia do Trabalhador, a requerimento, aprovado, do Ver. Flávio Koutzii. Às doze horas e vinte e cinco minutos os trabalhos foram reabertos e, às doze horas e vinte e seis minutos, nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente levantou os trabalhos, anunciando realização de reunião, terça-feira, às dez horas, da Mesa Diretora desta Casa, e convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de terça-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Valdir Fraga e Lauro Hagemann, e secretariados pelos Vereadores Lauro Hagemann e Adroaldo Correa. Do que eu, Lauro Hagemann, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente e por mim.

 


O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Sr. Presidente, gostaria de requerer de V. Exª que se pudesse tomar alguma providência, não digo legal, pois todas as situações que tais fatos ocorreram foram submetidas ao Plenário, democraticamente, mas uma maneira, de compor com as Lideranças desta Casa, um fato que preocupa este Vereador, trata-se de situações e Sessões Solenes e discussões de temas relevantes, temas procedentes em relação a certas questões, dentro do período normal desta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE: Vereador, a Mesa já entendeu, e ontem a Presidência da Casa convocou os Vereadores para tratar o assunto Constituição, sendo que um dos assuntos era referente aos pedidos de Sessão Solene. Se nós pudermos tratar desse assunto, hoje de novo estaremos convocando.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, é que hoje tem uma Sessão que eu entendo da maior relevância, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn. Eu não estava no dia em que essa Sessão foi discutida, mas eu entendo, que tranqüilamente essa Sessão poderia se desenvolver no período extra, ou no âmbito das terças e quintas-feiras ou sexta-feira à tarde. Porque esse horário fere a situação das Sessões Ordinárias normais, e está se tornando um fato corriqueiro.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa está buscando esse entendimento com as Lideranças, a todo momento convoca Lideranças, e a cada dia que passa, lamentavelmente, os Vereadores muitas vezes não se dão conta do que estão votando. À Mesa cumpre apreciar os documentos que aqui chegam, mas a Mesa convida para terça-feira, pela manhã, às 10 horas da manhã, para nos reunirmos, para discutir assunto da Constituinte. As Lideranças com a Mesa tratarão de outros assuntos, entre eles esse assunto referente às nossas Sessões Solenes, porque não está havendo tempo, inclusive, para as Comissões da Casa se reunirem.

Havendo “quorum”, passaremos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO SECRETA

 

PROC. Nº 2724/88 – VETO PARCIAL ao PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 017/88, que institui e disciplina o imposto sobre a transmissão “inter-vivos”, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais a eles relativos.

 

Parecer:

- da Comissão Especial. Relator Ver. João Motta: pela manutenção do Veto Parcial.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCE nº 017/88. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. Não havendo quem queira encaminhar, convido os Vereadores Wilson Santos e Edi Morelli para escrutinadores, uma vez que a votação é secreta.

Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.

 

O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada nominal.) Sr. Presidente, votaram 25 Srs. Vereadores.

(É procedido o escrutínio.)

 

O SR. PRESIDENTE: REJEITADO o Projeto por 06 votos SIM contra 19 votos NÃO; portanto, mantido o Veto Parcial.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. Nº 2635/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 149/88, que declara de utilidade pública a Obra Social Santa Luiza.

 

Pareceres:

- da CJR. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação;

- da CEC. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento de autoria do Ver. João Motta, solicitando seja o PLE nº 149/88 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Liderança com o Ver. Artur Zanella, pelo PFL.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nesta Comunicação de Liderança, eu queria tratar de dois assuntos. O primeiro deles, é que o Ginásio Municipal de Porto Alegre continua paralisado. Em reunião que tivemos com o Sr. Prefeito Municipal em que estava presente o Vereador Líder do PDT Vieira da Cunha, S. Exª apresentou uma surpresa muito grande com os dados que eu apresentava a ele de que faltavam 370 milhões para completar aquele Ginásio e a surpresa maior foi quando ele descobriu que o ofício que apresentava os dados tinha sido assinado por ele. Depois disso houve inúmeras denúncias - Verª Letícia Arruda, Ver. Nereu D'Ávila, este Vereador, enfim, acho que de todos os Vereadores - de que estavam sendo roubados materiais lá do Ginásio. O Prefeito Municipal, naquela oportunidade, disse que era um problema da firma porque, afinal de contas, como a obra não havia sido recebida, a responsabilidade era da firma, mas que o Ginásio continuaria aos poucos, pela SMOV, até saiu no jornal. Ontem, passei por lá, Sr. Presidente, bati fotografias, que estão aqui, depois vou mostrar e ao setor de imprensa também, e as máquinas da firma estão sendo retiradas pelos caminhões, estão levando todo o equipamento embora. Com isso, se este Legislativo não tomar uma providência, me parece que se sepulta a idéia, o sonho do ginásio municipal, o sonho do Ver. Raul Casa, da Verª Teresinha Irigaray e do Dr. Alceu Collares que queria dotar Porto Alegre de um ginásio municipal. Vejam, a Restinga tem dois ginásios de esportes, a minha pequena cidade de Itaqui tem um ginásio de esportes quase do tamanho do de Porto Alegre e aqui, a Prefeitura alega que não pode concluir um ginásio que está quase pronto, que para concluir todo faltavam trezentos e setenta cruzados novos. Mas, pelo que se vê nas fotos, se foram as máquinas, se foi o ginásio! O segundo assunto é que hoje, por solicitação do Ver. Flávio Koutzii, será destinado um horário para discutir o dia do trabalhador. Acho que não podia haver um presente melhor, comemorativo ao dia do trabalhador, antecipado, do que este dado pelo Partido dos Trabalhadores. Leio no jornal que a Prefeitura entrou na Justiça contra a Lei aprovada por esta Câmara e que concedia uma gratificação aos técnico-científicos. Como homenagem aos trabalhadores, parece-me que é o requinte! Uma emenda aprovada por esta Casa, vetada pelo Prefeito, derrubado o Veto, promulgada pelo Presidente desta Casa e, agora, o Sr. Prefeito, como perdeu na partida, vai para o tapetão. Espero, já que o Sr. Prefeito apenas entrou na Justiça - não sei quais foram os seus argumentos, creio que não deva ter sido alegação de inconstitucionalidade porque dezenas de emendas em termos funcionais já foram aprovadas nesta Casa que o Sr. Prefeito e os Prefeitos aceitaram - que não seja por questões financeiras ou econômicas porque todas as emendas que foram aprovadas por esta Casa sobre questões financeiras e econômicas que beneficiaram o Município foram todas aceitas, aprovadas e o Prefeito não entrou na Justiça. Então, deve ser uma homenagem ao trabalhador e solicito aqui desta tribuna que a Câmara não se curve a isso, que a Câmara que é um poder independente, pague seus técnicos conforme Lei aprovada por estes Vereadores, que aqui estão, que derrubaram o Veto e pelos Vereadores anteriores, já que o Governo Federal tem essa gratificação; o Governo Estadual, tão criticado, tem essa gratificação, inclusive num índice bem maior do que o Município.

Creio que nós temos que aqui, que aprovamos essa Lei, que derrubamos esse Veto, pagar aos nossos funcionários técnico-científicos aquilo que nós julgamos que eles merecem, porque se nós não julgássemos que eles mereciam, nós não teríamos aprovado o Projeto de Lei.

Então, Sr. Presidente, faço o meu discurso já de 1º de maio, na Sessão pedida pelo Ver. Flávio Koutzii, protestando contra essas medidas de arrocho que se colocam contra os nossos funcionários. No tempo do Prefeito João Dib, quando se fez um cálculo sobre uma possível reposição, no outro dia se multiplicavam por essa Prefeitura, me lembro bem, umas tartaruguinhas que os funcionários usavam com orgulho, aqui, operações tartaruga, etc., na expectativa do direito. Eu quero ver o quê que o Sindicato vai fazer agora acerca de uma Lei aprovada por esta Casa. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Liderança com o PMDB, Ver. Airto Ferronato.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, leio hoje na “Zero Hora”, página 46: “Os curiosos projetos de uma Câmara renovada”. E, pelo que me consta e dá a entender, o curioso projeto seria o que estou apresentando, entre outros projetos. Isso é bom, eis que este projeto, em curto espaço de tempo, já saiu quatro vezes na imprensa. Diz: “O Ver. Lauro Hagemann chama de ímpeto nervoso, Isaac Ainhorn de esquerdismo infantil, Flávio Koutzii, de Câmara Nervosa e Wilson Santos de afã ideológico”.

Pois, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, se isso é para deixar a Câmara “nervosa”, ela ficará durante quatro anos, porque nós não estamos aqui para, antes de apresentar qualquer coisa, avaliar se vai ou não ficar nervosa a Casa. O importante é contribuir com Porto Alegre e com sua população. E isto nós faremos, diz mais: “Diplomático, o Ver. Lauro Hagemann, espera um momento oportuno para conversar com o Ver. Airto Ferronato e mostrar-lhe que seu Projeto, que pretende instalar uma banca para comercialização no Centro da Cidade, talvez seja inadequado”.

Em primeiro lugar, não é banca. “ A banca vai atrapalhar o Plano Diretor por ser uma casa de alvenaria”. Em segundo lugar, não é casa! Bem, quando apresentei o Projeto, - porque para burro não sirvo - eu apresentei junto um Pedido de Informações, uma correspondência à Assessoria Técnica da Casa, para me informar com deve tramitar este Projeto. E eu tenho - apesar de não ter nenhum funcionário de minha confiança, indicado por mim, naquele Órgão - confiança em todos. E temos certeza de que nos darão as informações de como deve tramitar. Portanto, quando apresentei o Projeto também falei com pessoas relacionadas nessa área e me foi dito que não é possível porque altera a lei tal, porque fere a lei y, porque prejudica a lei h. Eu disse apenas o seguinte: essa é uma visão executiva que eu tenho experiência há mais de 15 anos. Se altera a lei y, se fere a lei h, nós estamos aqui com este Projeto exatamente para alterar essa leis; porque fomos eleitos exatamente para isto. Não para seguir aquilo que está na lei, apenas, mas para seguir e para alterarmos aquilo que julgamos importante. Tomamos o cuidado de ver exatamente, porque nós conhecemos. Não sou advogado, sou bacharel em Ciências Contábeis, sou fiscal de tributos. Agora, tenho um bom conhecimento desta área e sei - sem modéstia - como devem tramitar essas coisas. Dizendo mais o seguinte: o Ver. Lauro Hagemann, efetivamente, me falou que gostaria de falar comigo, mas tenho certeza que se tivéssemos conversado esta nota não teria saído da maneira que saiu, mas até foi bom. Entramos no debate. Tem mais o seguinte: bem intencionado, sem dúvida, o projeto já tem uma emenda. O Ver. Luiz Machado do PMDB quer que a banca seja em formato de pêra. Ninguém sabe porquê.

Vereador Luiz Machado, vamos deixar a Câmara nervosa em primeiro lugar, porque V. Exª diz que não existe esta emenda. Têm outras emendas ao projeto que sei. O projeto é muito bom e inova. Será aprovado, tenho a certeza, por esta Casa. Passou pelos trâmites legais, regimentais e corretos para alterar o Plano Diretor, se necessário for. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Isaac Ainhorn.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a Administração Popular da cidade de Porto Alegre - dita popular, me corrigem os Vereadores Dilamar Machado e Artur Zanella - continua fazendo das dela. Vejam V. Exas que é aquela preocupação permanente de criar situações de impacto junto à população, muitas vezes induzindo a população em erro. É a denúncia que, nesta oportunidade, formulo aqui da tribuna desta Casa. Quem se dirigir para a Câmara Municipal de Porto Alegre pela Perimetral, perto do Pão dos Pobres, encontrará enormes placas com os seguintes dizeres: “Vale Transporte - Central de atendimento, André da Rocha, n° 216”.

Evidentemente, com a responsabilidade que tenho do mandato, fui lá ver, conhecer este novo local de atendimento, de comercialização do vale-transporte. E lá encontrei filas, pessoas que lá se encontravam, interessadas em comprar vale-transporte, e o modesto guarda, não municipal, informava que não tinha informação nenhuma, que ali não estava sendo vendida coisa nenhuma, e que a situação estava na Justiça. Até que o guarda não estava tão equivocado. Mas é que o Governo da Frente Popular foi muito rápido, a SMT, em instalar as placas de comercialização da venda do vale-transporte. Entretanto, sabemos que a questão encontra-se subjudice.

Então, aproveitando a presença de S. Exª o Vice-Prefeito Tarso Genro, peço providências no sentido de que fossem retiradas essas placas, que informam que a comercialização do vale-transporte está sendo feita no antigo prédio da CEPAL - Rua André da Rocha nº 216 - porque não está sendo feita. E, a Administração Popular está levando as pessoas lá, sem haver venda, fazendo com que a população gaste, porque se encontra um serviço de vigilância particular, contratado pela PROCEMPA, para cuidar dos terminais de computadores, que rapidamente a SMT tratou de implantar nesse prédio. Eu pessoalmente tenho uma posição clara sobre isso, porque há muito tempo vinha defendendo que o Município promovesse a comercialização do vale-transporte, e usasse os recursos financeiros, advindos da aplicação desse recursos, para melhoria no sistema de transporte urbano da Cidade. Mas é evidente, isso nós todos sabemos que deveria ser feito por lei e não o foi. E hoje temos uma pendenga judicial que tramita no Fórum da Capital, mais uma delas, junto à Vara dos Feitos da Fazenda Pública. Portanto, apelo à Liderança do Partido dos Trabalhadores nesta Casa que agilize, junto à Secretaria Municipal dos Transpores, a retirada destas placas que estão desinformando a população de Porto Alegre, ou melhor, informando mal. Este é o fato que trazemos ao conhecimento desta Casa e pedimos à Bancada do PT providências para que não se induza a população a erro. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Liderança com o PDS, Ver. João Dib.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr. Vice-Prefeito, antes de mais nada saúdo a presença do Sr. Tarso Genro neste Plenário do dia de hoje. Mas, Sr. presidente, o Ver. Airto Ferronato comentou aqui notícia, divulgada pelo Jornal Zero Hora, sobre uma série de fatos que ocorrem na Câmara, em matéria de legislação e eu acho que é oportuno que se fale num trabalho realizado na minha administração, que foi a implantação do Sistema de Referência da Legislação Municipal. Lá, na Secretaria do Governo, nós temos condições de, imediatamente, através do computador, localizar qualquer lei e todas as alterações que tenham sido introduzidas, a partir da Lei Mãe. Por exemplo, o Código Tributário do Município, Lei Complementar nº 007, se colocar no computador, saem todas as alterações. Qualquer assunto referente à legislação de transporte ou de qualquer matéria acontecida, transformada em lei, temos condições de imediatamente informar. E o Presidente já me disse aqui que solicitaria, ou já solicitou, à Secretaria do Governo, para que o computador da Câmara Municipal também pudesse ter todas estas informações. Mas, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, se nós contarmos os dias desta Câmara, desde a sua implantação em 1957, nós veremos que temos mais de uma lei por dia de trabalho efetivo da Câmara. E, se examinarmos o que está lá no Projeto SIREL, o Sistema de Referência da Legislação Municipal, veremos que muitas das leis que estão lá já foram derrogadas por outras e nós não temos ciência disto. Talvez fosse o caso de se organizar uma Comissão nesta Casa, já que vamos fazer também a nossa Lei Orgânica, para que aquelas leis que já foram derrogadas, já foram tornadas sem efeito, pudessem ser eliminadas de todo o sistema de legislação do Município. É esta a idéia que eu trago ao exame, ao debate, para que possamos aperfeiçoar. E, se o Ver. Flávio Koutzii disse que a Câmara estava nervosa, eu entendi perfeitamente o que ele quis dizer. É o momento de iniciação de alguns e, evidentemente, todos têm a preocupação de legislar determinados assuntos, coisas boas, outras menos boas, coisas excelentes até, mas, às vezes, existe uma lei já tratando do mesmo assunto, talvez semelhante e, talvez então, um novo projeto seria a modificação de uma lei já existente, para que não tivéssemos uma legislação sem fim. Este nosso País tem é muita lei. Nós não temos falta de lei, nós temos falta de cumprimento das leis. Então, o que precisamos, no Município - que é a área que nos compete - é fazer uma verificação de tudo o que existe, de tudo que deva ser modificado, eliminado, acertado, para que o Município tenha mais condições de acesso e também o próprio Município e a Câmara possam usar, com mais facilidade, todo este material que está colocado à nossa disposição. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, pela Liderança do PT, o Ver. José Valdir.

 

O SR. JOSÉ VALDIR: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o motivo de usar esta tribuna é para esclarecer uma questão que foi colocada ontem, se não me engano, pelo Ver. Vieira da Cunha, que denunciou que a administração popular estaria fazendo economia na contratação dos professores, fazendo com que os professores não fossem pagos pela sua titulação. Eu fiz diversos telefonemas para a SMED, Secretaria da Administração, e esclareço que a administração Collares, de fato, tinha uma prática de, alegando que era carta-contrato, contratar os professores pagando pelo padrão 1, que é o padrão dos professores normalistas, não pagando de acordo com a titulação. Essa é uma prática adotada pela administração Collares, e baseados nessa prática, foram editados, de fato, os contratos equivocadamente, e a administração revisou, e, tanto que revisou, que na “Zero Hora” do dia 19 de abril, página 38, quando chama os professores, deixa bem claro, dizendo o seguinte: “A Prefeitura esclarece que está tomando providências para que os professores contratados em regime de emergência percebam os vencimentos, com os reajustes referentes à habilitação profissional, mais os 25% concedidos a todo o funcionalismo.” Portanto, fica claro que essa prática que vinha sendo adotada na administração anterior foi revisada pela administração popular, e nenhum professor está sendo contratado com salário diferente dos salários do quadro de efetivos. Nós é que estamos aplicando a isonomia salarial, embora tendo havido essa confusão, porque os funcionários seguiram a orientação anterior, mas o mau hábito da administração de não aplicar a isonomia foi revisto pela administração popular, e quero deixar claro que nenhum professor está sendo contratado com salários diferentes dos seus colegas. Eles estão sendo contratados de acordo com a sua habilitação profissional. Este hábito quem tinha era a Administração anterior, que a Frente Popular está revendo. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Passaremos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1108/89 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 032/89, de autoria do Ver. João Dib, que denomina Rua Maria José de Souza e Cunha um logradouro público.

 

PROC. Nº 1145/89 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 005/89, de autoria do Ver. Wilton Araújo, que concede o título honorífico de Cidadã Emérita à Senhora Ione Pacheco Sirotsky.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. Nº 964/89 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 003/89, de autoria do Ver. Edi Morelli, que altera dispositivos do artigo 24 da Lei Complementar nº 12, de 07.01.1975, e dá outras providências.

 

4ª SESSÃO

 

PROC. Nº 982/89 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 002/89, de autoria do Ver. Luiz Machado, que altera a Resolução nº 785, de 05 de outubro de 1983, que aprova o Regimento Interno da Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Adroaldo Corrêa. Desiste. Ver. Isaac Ainhorn, também, desiste. Ver. Elói Guimarães, 3º Vereador inscrito. Ausente. Nada mais havendo a tratar, encerram-se os trabalhos da presente Sessão.

 

(Levanta-se a Sessão às 12h26min.)

 

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